Meu livro querido!

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sábado, 26 de fevereiro de 2011

ESTUDO SOBRE OS SUBSTANTIVOS

Tudo o que existe tem um nome. Isso não é nenhuma novidade. Mas você já parou para pensar por que as coisas têm nome? Os nomes têm como objetivo individualizar um ser ou um grupo de seres dentre uma infinidade de outros.

“Haja luz”, disse Deus no momento inicial da criação. Nessa frase tão pequena, há uma palavra que significa “claridade emitida de um corpo”, expressão que se resume em “luz”. Tal palavra é o que, em gramática, denomina-se substantivo.
           
            Depois que Deus criou os animais, trouxe-os até Adão para que pudesse nomeá-los, como consta em Gênesis 2.19. Essa denominação foi necessária para que se pudessem individualizar os seres.
Veja o versículo abaixo:

“Estes também vos serão por imundos entre os répteis que se arrastam sobre a terra: a doninha, e o rato, e o cágado segundo a sua espécie, e o ouriço cacheiro, e o lagarto, e a lagartixa, e a lesma, e a toupeira.” (Lv.11.29-30)

            Se não fossem os substantivos, como especificar nesses versículos os animais proibidos de se comer?

Veja um outro caso. Vegetal é um substantivo que designa tudo o que procede das plantas. Mas, como se sabe, cada vegetal tem um nome específico. Veja mais alguns exemplos de substantivos:

“Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos.” (Nm.11.5)

Já os corpos celestes são, num sentido amplo, chamados de astros ou estrelas. Mas cada qual tem um nome específico. Um conjunto de estrelas denomina-se constelação. Como existem várias constelações, criaram-se nomes para cada uma delas. Veja o versículo abaixo:

“O que faz a Ursa, o Órion e o Sete-estrelo, e as recâmaras do sul.” (Jó 9.9)

Há também substantivos referentes aos membros de uma família. Veja:

“Então se levantou ela com as suas noras, e voltou dos campos de Moabe...” (Rt.1.6)

“Agora pois jura-me aqui por Deus que me não mentirás a mim, nem a meu filho, nem a meu neto...” (Gn.21.23)

É interessante observar o que ocorria antigamente com as palavras tio e sobrinho. Os que tivessem esses graus de parentesco eram considerados irmãos, como se observa no seguinte versículo:

“E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos.” (Gn.13.8)

Lendo Gênesis 11.26, vemos que Abrão, Naor e Harã eram irmãos, filhos de Terá, e no versículo seguinte vemos que Harã foi pai de Ló. Se Ló era filho do irmão de Abrão, consequentemente era sobrinho de Abrão, e não irmão, como consta no versículo apresentado.

O mesmo ocorre em Gênesis 29.12, quando Jacó diz a Raquel que ele é irmão de Labão. No capítulo 24, versículo 29, verificamos que Rebeca (mãe de Jacó) e Labão (pai de Raquel) eram irmãos. Então, se Jacó era filho da irmã de Labão, Jacó era, na verdade, sobrinho de Labão. Talvez a necessidade de se especificar melhor a posição de alguém dentro da família tenha dado origem aos substantivos tio e sobrinho. No versículo abaixo, já encontramos tal denominação.

“E disse-lhe o tio de Saul, a ele e ao seu moço: Aonde fostes?” (I Sm.10.14)

Dificilmente pronunciamos ou escrevemos uma frase que não apresente substantivo. Sendo assim, é importante seu estudo, para que adquiramos mais profundidade no conhecimento da língua.

Por hoje é só.

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