APOSTO

            Aposto é um termo que geralmente explica uma palavra antecedente. Serve também para especificar, enumerar ou resumir.

“Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas.” (Cl.4.14)

           Destaco aqui dois tipos de aposto:

1.       Explicativo: Vem sempre separado por vírgula ou travessão, e às vezes por dois-pontos, explicando algum termo da oração.

“Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor de ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra...” (Hb.13.20-21)

“E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.” (I Jo.2.25)

“...para conhecimento do mistério de Deus ¾ Cristo.” (Cl.2.2)

2.       Especificativo: Não vem separado por nenhum tipo de pontuação e serve para individualizar um substantivo comum.

O rei Davi escreveu salmos.

(O substantivo Davi especifica um dentre vários reis existentes.)

O rio Tietê atravessa o estado de São Paulo.

O número dois é par.

A IMPORTÂNCIA DO APOSTO

            Não são poucas as vezes em que o aposto se faz necessário para esclarecer certas informações. Observe o texto abaixo:

Existem diversas pessoas que sofrem de um mal incurável aos nossos olhos. Certamente, para os que não acreditam em Deus, esse mal é impossível de ser curado. Mas Cristo tem a solução para tudo, pois ele é o Médico dos médicos e Senhor dos senhores.

            A que mal essa passagem se refere? Se acrescentarmos a ela um aposto, a mensagem ficará mais clara. Compare:

Existem diversas pessoas que sofrem de um mal incurável aos nossos olhos: a depressão. Certamente, para os que não acreditam em Deus, esse mal é impossível de ser curado. Mas Cristo tem a solução para tudo, pois ele é o Médico dos médicos e Senhor dos senhores.

               

Atente agora para a seguinte passagem:

“Então Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o chanceler, vieram a Ezequias com os vestidos rasgados, e lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué. E aconteceu que, tendo ouvido isto o rei Ezequias, rasgou os seus vestidos, e se cobriu de saco, e entrou na casa do Senhor. E enviou Eliaquim, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e os anciãos dos sacerdotes, cobertos de sacos, a Isaías, filho de Amós, o profeta.” (Is.36.22; 37.1-2)

Ainda que não se saiba quem foram Hilquias, Asafe ou Amós, nos versículos acima eles servem para determinar, respectivamente, Eliaquim, Joá e Isaías. Servem como ponto de referência. É como se disséssemos, por exemplo: refiro-me a Eliaquim que é filho de Hilquias, e não a um outro Eliaquim. Nesses versículos ainda, para uma pessoa que resolvesse fazer um estudo mais aprofundado sobre esses personagens, os apostos seriam de inegável importância. Veja como essa passagem ficaria menos informativa sem os apostos:

Então Eliaquim, Sebna e Joá vieram a Ezequias com os vestidos rasgados, e lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué. E aconteceu que, tendo ouvido isso o rei Ezequias, rasgou os seus vestidos, e se cobriu de saco, e entrou na casa do Senhor. E enviou Eliaquim, Sebna e os anciãos dos sacerdotes, cobertos de saco, a Isaías.

Por ora é só!